O Blog do Fininho vai pelo mesmo caminho: vira e mexe, aparece lá algum caso delicioso. Como o do dia em que Meligeni enfrentou o espanhol Tommy Robredo no US Open:
Estava eu jogando contra o Robredo na primeira rodada em 2002. Todos me diziam que ele era meio complicado na quadra, que meu santo não ia bater com o dele. Bom, deixei pra lá os comentários e fui pro jogo. Quando estávamos 1/1 no primeiro set, quinze iguais, percebi que o jogo ia ser uma guerra. Ele subiu pra rede no meu revés e dei um lob lindo, acho que não tinha acertado um desses na minha carreira inteira. Ele, ao ver que a bola tinha passado, jogou a raquete para cima e suavemente ela encostou na bola, empurrando a bolinha para fora. Não sei se deu pra entender, vou repetir: ele subiu, eu dei lob e ele tocou na bola, mas ela continuou passando por ele até pingar fora. O juiz, que deveria estar olhando para alguma gatinha, falou "fora", e ele, na maior cara-de-pau, não disse nada.Quer saber como isso termina? Vai lá!
Percebi o problema na hora e fui direto pro juiz. Eu, com aquela minha calma conhecida por todos vocês, já fui falando grosso e alto.
- Você tá brincando em dizer que foi fora e não bateu na raquete dele?
Ele, me conhecendo e sabendo que não costumava perder a calma sem razão, me pediu tranqüilidade e começamos a conversar.
Nisso, o Robredo, com a maior cara-de-pau do mundo, pede pra juiz recomeçar o jogo. Ai, meu deus, EU SURTEI. Poucas vezes na quadra fui para o pessoal com um tenista: essa vez e uma contra o Coria em Wimbledon.
Olhei para a cara dele e perguntei: vai roubar na cara dura? Não vai falar que bateu na tua raquete, 'cabron'?
Como conhecia o técnico dele e ele estava do lado de onde tinha sido, perguntei: ele vai me roubar mesmo?
O técnico, na maior vergonha, me olha e diz: desculpe, Fernando, você tem razão, mas eu não posso fazer nada.
Bom, quem me conhece sabe o que fiz depois disso. Enfiei o dedo na cara dele e disse: "Você vai ter seu pior pesadelo, vou até a morte agora!"
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