O Homem desperta e sai cada alvorada
Para o acaso das cousas... e, à saída,
Leva uma crença vaga, indefinida,
De achar o Ideal nalguma encruzilhada...
As horas morrem sobre as horas... Nada!
E ao Poente, o Homem, com a sombra recolhida
Volta, pensando: “Se o Ideal da Vida
Não veio hoje, virá na outra jornada...”
Ontem, hoje, amanhã, depois, e, assim,
Mais ele avança, mais distante é o fim,
Mais se afasta o horizonte pela esfera;
E a Vida passa... efêmera e vazia:
Um adiamento eterno que se espera,
Numa eterna esperança que se adia...
– Raul de Leoni
09 agosto, 2006
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Um comentário:
Este poema não é do autor apontado por vocês, é na verdade de GEO MAHIEN e está ligeiramente modificado.
O que se diz autor deve lido, decorou mal decorado e vive por aí dizendo que é dele, mas não é.
Eu conheci esse poema em uma revista da ASSOCIAÇÃO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DO RIO DE JANEIRO, editada em 1970!!!
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